Foi proposto a duplas de pessoas algo entre uma sessão de tratamento osteopático, uma massagem ayurvédica e uma sessão de fisioterapia, num ambiente clínico controlado, asséptico. O paciente entrega-se à manipulação do curandeiro que exerce torções e pressões fortes na estrutura do corpo, sugerindo por vezes até agressão. A ideia surgiu depois de longas horas de observação durante um tratamento fisioterapêutico, onde havia várias pessoas com problemas diferentes, o que me fez pensar na fragilidade do corpo e no seu envelhecimento.
As fotografias foram impressas em fotolitos e dispostas displicentemente em negatoscópios (caixas de luz para ler radiografias). Procurei manter a referência aos consultórios médicos, já que todo o projecto advém de uma curiosidade estética perante a relação efémera que se cria entre um paciente e um médico (curandeiro, fisioterapeuta, massagista) num ambiente clínico.
Fotolitos (40x30cm) dispostos em negatoscópios com dimensões variáveis.
